quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Documentário

Storyboard


O roteiro

Título do documentário: Fora dos trilhos




- Abrir com cenas gerais da estação ferroviária e fotos antigas do local



(locução com trilha sonora de fundo e imagens)

OFF - O que outrora foi considerado um símbolo da potência e prosperidade, hoje agoniza em Santa Maria, município de 270 mil habitantes na Região Central do Rio Grande do Sul. A cidade ferroviária deixa a ferrugem tomar conta de seu patrimônio.



A estação ferroviária de Santa Maria foi inaugurada em 1885 pela Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana, que era uma empresa pública.



Nos 20 anos seguintes à chegada da ferrovia aumentou cinco vezes a população de Santa Maria.



Privilegiada por estar bem no centro do Rio Grande do Sul, Santa Maria ganhou a ligação ferroviária com São Paulo e Rio de Janeiro antes do final do século 18.





No começo da década de 1920, já com a Viação Férrea do Rio Grande do Sul na administração da ferrovia, foi construída a plataforma coberta para embarque e desembarque de passageiros. Era uma época movimentada, em que até cavalos chegavam de trem.



O apogeu do transporte ferroviário no ESTADO GAÚCHO ocorreu entre 1910 e 1950. Nesse período, a maioria dos trens passava por Santa Maria. Grande parte da produção gaúcha era escoada pelos trens, e quase tudo passava pela cidade.

Nas décadas seguintes, a estação ferroviária de Santa Maria fervia.



(entrevista com Chico Sosa, pesquisador e jornalista)

GC: Chico Sosa, pesquisador e jornalista



Usar imagens atuais da estação ferroviária



OFF- Mas os trens de passageiros cessaram em Santa Maria, em 2 de fevereiro de 1996. Desde então, a estação foi entregue à própria sorte. Vários incêndios a atingiram. O vandalismo tomou conta.



A estação chegou a acolher um brique mensal, exposições artísticas e, às vezes, eventos culturais. Em 2007, o prédio principal foi finalmente restaurado pela Prefeitura. Mas o restante, não.



O telhado da gare, onde os passageiros esperavam os trens, tem muitas falhas. Uma Maria Fumaça estacionada na estação também sofre com o vandalismo e o abandono.



Apesar disso, o local ainda atrai visitantes que querem guardar uma recordação. Os índios também utilizam o espaço para fazer seu artesanato.



A falta de ação dos governantes fez com o que o Ministério Público Estadual, em 2008, entrasse com uma ação na Justiça pedindo um projeto de preservação cultural da estação. Mas pouco andou até agora. O único sinal recente de mobilização da prefeitura foi instalar no local a Secretaria de Cultura de Santa Maria.


A estação é tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual desde 2002, mas isso não significou uma proteção para ela. Está na hora de resgatar a memória de ferroviária, que há muito tempo saiu dos trilhos em Santa Maria.

Sinopse do vídeo

Inaugurada em 1885, a estação ferroviária de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, sofre com o abandono. Ela teve seu auge entre 1910 e 1950. Nesse período, a maioria dos trens passava pela cidade, com ligação, inclusive com ligação para Rio de Janeiro e São Paulo. Grande parte da produção gaúcha era escoada pelo trilhos, e quase tudo passava por Santa Maria.

Mas os trens de passageiros cessaram em Santa Maria, em 2 de fevereiro de 1996. Desde então, a estação foi entregue à própria sorte. Vários incêndios a atingiram. O vandalismo tomou conta.

A estação chegou a acolher atividades culturais. Em 2007, o prédio principal foi finalmente restaurado pela Prefeitura. Mas o restante, não.

O telhado da gare está com vários buracos. Uma Maria Fumaça estacionada na estação também sofre com o vandalismo e o abandono.

A falta de ação dos governantes fez com o que o Ministério Público Estadual, em 2008, entrasse com uma ação na Justiça pedindo um projeto de preservação cultural da estação.

O tombamento pelo Patrimônio Histórico Estadual em 2002 não ajudou muito. A memória da ferrovia, há muito tempo, saiu dos trilhos em Santa Maria.

domingo, 29 de novembro de 2009

Violação no cemitério (reportagem)

O título é de jornal popular, mas não tem a ver com crime sexual. O Cemitério Ecumênico de Santa Maria fica no meio do caminho entre minha casa e o trabalho, No último dia 20 de novembro, ouvi no rádio que um cabeleireiro havia sido preso em flagrante no cemitério por violar uma sepultura. Como era perto e no meu caminho, não perdi a chance. Munido de uma máquina fotográfica, fui até lá atrás desta inusitada história. Abaixo, segue a reportagem:


Cabeleireiro é preso após violar sepultura

















Imagine a cena. Era 1h, madrugada de sexta-feira no Cemitério Ecumênico de Santa Maria, no bairro Patronato, zona centro-oeste da cidade que fica na região central do Rio Grande do Sul. Um dos vigias ouve barulhos estranhos e vai até os fundos da necrópole para checar. Ele depara com um homem, usando uma espécie de vestido, “incorporando” uma entidade sei lá de que mundo, com direito a velas e bebidas alcoólicas. Ao lado dele, um jovem com uma ossada humana nas mãos.

A partir daí, foi uma correria. O grupo, formado por cinco ou seis rapazes, fugiu, inclusive o homem que comandava o ritual religioso. Todos conseguiram fugir, com exceção de um cabeleireiro de 20 anos. A Brigada Militar foi chamada, e o suspeito acabou preso.

Levado para a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento de Santa Maria, o cabeleireiro foi autuado em flagrante pelo crime de violação de sepultura, que, em caso de condenação, pode render uma pena de um a três anos de prisão e pagamento de multa. Em depoimento, ele contou que estava fazendo o ritual para que o movimento de seu salão de beleza, em Santa Maria, aumentasse.

– O suspeito alegou que estava passando por dificuldades financeiras. Amigos teriam lhe orientado a fazer o ritual para aumentar o movimento. Mas pareceu que ele não agradou a alguma “entidade”, né? – brinca o delegado Márcio Schneider, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que estava de plantão e lavrou o flagrante.

O cabeleireiro terminou o dia recolhido ao Presídio Regional de Santa Maria, mas foi solto dois dias depois. O jovem alegou não conhecer as pessoas. Ele teria apenas as contratado para abrir a sepultura e fazer o trabalho.

Apesar de ter violado o túmulo, retirando uma lajota que fechava o compartimento, o grupo não mexeu no corpo que estava em um caixão. Para o trabalho religioso, os jovens retiraram ossos que estavam em sacos plásticos, dentro da mesma sepultura.

Na hora em que a polícia chegou, o cabeleireiro estaria com uma ossada humana nas mãos. O delegado conta que, segundo o depoimento do rapaz, uma pessoa do grupo teria incorporado uma entidade espiritual. O jovem disse não conhecer as pessoas. Ele teria apenas contratado-as para abrir a sepultura e fazer o trabalho.

O pior é que depredações de túmulos, pichações e tentativas de arrombamento de jazigos fazem parte da rotina do Cemitério Ecumênico, o maior de Santa Maria, com cerca de 12 mil túmulos. Para cuidar disso tudo, são três guardas para patrulhar toda a área.

Geralmente, as sepulturas mais visadas pelo vândalos ficam nos fundos do terreno, onde não há muro de proteção. Foi o caso do túmulo violado pelo cabeleireiro e por seus comparsas.

















No labirinto de sepulturas, é fácil perceber atos de vandalismo. Perto do local do trabalho religioso, havia um túmulo quebrado e pichações em mais de uma lápide. Também são comuns as queixas de furto de flores e de peças de alumínio, ferro ou cobre utilizadas no adorno das sepulturas.

 O inusitado, no caso do cabeleireiro, foi ter pego alguém em flagrante.



Confira abaixo a localização do Cemitério Ecumênico de Santa Maria (clique nas imagens para uma melhor visualização):








E você? Conhece alguma história de crime em cemitério?
Conte para o blogueiro.

Cortando a vaca e reduzindo a igreja

Para começar, o IrfanView é um editor de imagens leve, gratuito e facílimo de usar. Ainda não explorei todos os seus recursos, mas já deu para ver, por exemplo, que ele abre diversos tipos de arquivos e ainda permite fazer alguns ajustes nas imagens (tudo bem, não é nenhum Photoshop, mas quebra bem o galho).





Na primeira tarefa, usei a foto acima, que tirei em Santa Maria, de uma vaca que foi apreendida e ficou amarrada em frente ao plantão da Polícia Civil. Cortar a foto foi fácil. Escolhi a opção Edit e, depois, Create custom crop selection. Quando abriu uma janela, deixei marcada a opção None, para que pudesse fazer o corte manualmente. O programa também oferece opções de proporção, o que pode ser bem útil, dependendo dos objetivos.

Depois de ter escolhido o corte na foto, voltei ao Edit e escolhi a opção Cut – area outside of the selection, para tirar da imagem o que eu não havia selecionado. Então, penei um pouquinho até descobrir que deveria, também no menu Edit, optar por Auto Crop Borders, para que ficasse só a imagem cortada na visualização. Antes disso, salvei a imagem sem fazer isso, e ela ficava com o preto da área que eu havia decidido eliminar. Mas, no fim, deu tudo certo. De uma vaca na frente da delegacia, com policiais militares ao fundo, a imagem foi cortada somente na vaca, como mostra a foto abaixo.




Na segunda tarefa, usei uma foto tirada por mim da Igreja Matriz de Caçapava do Sul. A original, conforme o IrfanView, tinha 1536 x 2048 pixels (é a primeira foto aí de baixo). Diminui o tamanho em 50% (o programa permite que você mude o tamanho, dando uma percentagem, ou te dá tamanhos prontos). Com isso, o tamanho da foto ficou em 768 x 1024 pixels (a segunda foto).








Fácil e rápido. É um bom começo para quem não é (nem quer ser) um editor de fotos profissional.

As loucuras do tempo (em áudio)

Apanhei um pouco para descobrir onde estava o embed do programa que eu havia gravado no podcastOne, mas depois achei e consegui cumprir o exercício 5. Segue, então, um comentário sobre os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul em novembro: